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Situação do Hospital Regional de Rondonópolis preocupa prefeito de Alto Araguaia


Para o prefeito, Estado precisa agir rápido para resolver a situação e não impactar no atendimento de saúde do município

Por Marcos Cardial | Assecom/AIA

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Situação do Hospital Regional de Rondonópolis preocupa prefeito de Alto Araguaia

O prefeito Gustavo Melo (PSB) criticou o Governo de Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) pelos atrasos nos repasses ao Hospital Regional de Rondonópolis. Sem os recursos a unidade suspendeu os atendimentos médicos nas áreas de nefrologia, ortopedia e traumatologia por falta de insumos. Segundo o gestor, a situação vai impactar diretamente no atendimento de saúde do município, que depende dos serviços médicos oferecidos pela unidade referência para 29 municípios da região com uma população estimada em 600 mil habitantes.

Alto Araguaia encaminha, diariamente, dezenas de pacientes para atendimentos médicos em diversas especialidades, cirurgias e procedimento de hemodiálise. Outros serviços, como atendimentos ambulatoriais e eletivos, que são as consultas ou cirurgias com data e hora marcadas, já suspensos desde o dia 8 de outubro, quando os médicos paralisaram por falta de repasses nos salários.

“De quem é a responsabilidade? Alto Araguaia, por exemplo, cumpre o papel que é dever do Estado e até do Governo Federal. O SUS não funciona. Quem sofre são os pacientes que dependem o sistema público de saúde. A culpa sempre recai nos municípios. É uma situação insustentável. O Governo de Mato Grosso tem que cumprir com suas obrigações e regularizar os repasses ao Hospital Regional o mais rápido possível”, criticou o gestor.

O prefeito criticou a morosidade do Governo do Estado em resolver a situação. “O Governo de Mato Grosso está sendo omisso. A situação grave que estamos passando é grave. Trata-se de vidas humanas que estão em risco”, alertou o gestor.

O diretor técnico do Hospital Regional Luiz Antunes Hachem Neto comunicou o prefeito por meio de documento datado de 06 de novembro que a unidade não tem condições de receber novos pacientes para avaliação ou realização de procedimentos operatórios nas especialidades de nefrologia, ortopedia e traumatologia enquanto o fornecimento de insumos não for regularizado.

“A que ponto chegamos! É uma situação muito difícil e a conta sempre recai nos ombros dos municípios”, lamenta.

Uma reunião nesta sexta-feira (9) em Rondonópolis colocará frente a frente diretores do Instituto Gerir, que administra o Hospital Regional, prefeitos, vereadores e secretários de saúde de municípios da região, deputados e autoridades do Estado para debater o assunto. Uma das pautas do encontro é que a gestão da unidade fique sob responsabilidade do Consórcio Regional de Saúde.

BLOQUEIO DE CONTAS - O Ministério Público Estadual (MPE) propôs, na terça-feira (6) uma Ação Civil Pública na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Rondonópolis solicitando o bloqueio de R$ 14.100.028,29 das contas do Governo de Mato Grosso e R$ 3,3 milhões do Instituto Gerir, que administra o Hospital Regional, devido a situação caótica vivida pela unidade e diversas denúncias recebidas nos últimos meses.